Ramalho nasceu em Portugal, em 1493, mas sua epopeia seria umbilicalmente ligada ao Brasil e seus primeiros tempos como país.

 

Sua chegada por aqui se deu em 1515, ou seja, era um jovem com pouco mais de 20 anos de idade e o Brasil tinha acabado de ser descoberto. Até hoje não se sabe se ele era um náufrago ou um degredado (criminoso condenado ao exílio). Logo teve uma grande relação de amizade com os índios guaianá e seu cacique, Tibiriçá, sendo, inclusive, casado com uma de suas filhas, chamada Bartira.

Em 1550, vivendo quase como um índio, é excomungado pelo vigário de São Vicente. Com a chegada dos portugueses, se torna uma espécie de “interlocutor” entre os indígenas e os colonizadores, tornando-se assim um homem muito poderoso. Segundo o historiador alemão Ulrich Schmidel, em seu livro “Viagem ao Rio da Prata”, ele era capaz de mobilizar 5 mil homens em um só dia, se fosse necessário.

 

Junto a Martim Afonso de Souza, teve papel fundamental na exploração do território brasileiro, na busca de ouro e prata na região que hoje é Cubatão. Foi um dos fundadores de São Paulo e se elegeu vereador.

 

João Ramalho morreu em 1580, em avançada idade e é considerado o “pai dos mamelucos”. Uma vida épica!